Votação

Boa tarde pessoal,

Está rolando uma votação no blog com sorteio. Para participar é necessário responder a enquete: Qual o tipo de culinária que você tem interesse em ler no blog?

Respostas: Cozinha Italiana, Cozinha Francesa, Cozinha Mediterrânea, Cozinha Asiática.

Depois, seguir o blog por email na aba Follow By Email e preencher o Formulário de Contato com seu Nome, Email e telefone no campo Mensagem.

Essas abas e votação encontram-se na lateral da página do blog.

Serão sorteadas 5 pessoas e a votação vai até o dia 19/05/2017.

A divulgação dos sorteados será no dia 20/05/2017.


Prêmio: 01 kit 4 em 1 da marca Keita, contendo:


  • Cortador de Legumes,
  • Boleador,
  • Fatiador,
  • Protetor para as mãos.


domingo, 18 de julho de 2010

Atenção, senhores passageiros, os chefs estão no comando

Que atire a primeira bolinha de pão quem nunca reclamou de comida de avião. Mas que outra alternativa existe para espantar a fome durante um vôo de mais de oito horas, como acontece quando se vai daqui para os Estados Unidos ou para a Europa? Goste-se ou não do cardápio, almoçar ou jantar a bordo é inevitável. Diante disso, as empresas aéreas aproveitam para fazer das refeições uma ferramenta de propaganda para cativar o passageiro e procuram imprimir sua personalidade e imagem. Então, nada mais natural que saborear um autêntico queijo francês num vôo da Air France ou um sashimi num avião da Japan Airlines (JAL).
Para tentar desmoralizar quem um dia pronunciou a popular definição de que "comida de avião é tudo igual", as companhias investem principalmente nas duas classes mais caras do vôo, a primeira e a executiva, como mostramos nas próximas páginas. Elas convocam chefs renomados de seus países para criar os pratos, incluem toques locais dos pontos de onde o vôo está saindo, elaboram com zelo a carta de vinhos e oferecem sobremesas variadas. Existem ainda pratos rápidos para quem tem pressa ou quer domir antes dos demais comensais.

Na alemã Lufthansa, há sempre um prato com um ingrediente da culinária brasileira nos vôos que partem do Brasil. Já na British, o toque britânico se manifesta em refeições como torta de peixe e chá tipicamente inglês. As cores dos guardanapos da JAL mudam junto com as estações do ano. A Swiss, por sua vez, mostra a culinária de seus Cantões. Os cardápios invariavelmente têm entrada, salada, pães, prato quente e sobremesa. Os cuidados se estendem às bebidas. Geralmente há comissários de bordo com noções básicas para sugerir os vinhos.
Tudo é feito, claro, dentro dos limites possíveis para alimentos que são servidos a 10000 metros de altitude, algumas horas após o preparo, em condições diferentes de pressão e temperatura. Quando o Concorde começou a voar, há três décadas, por exemplo, foram criados recipientes e refeições que não se alterassem com a velocidade e o ângulo de ascensão da aeronave. Pensa-se ainda na gama de paladares que é preciso satisfazer e no cuidado para evitar problemas alimentares. Já imaginou 300 pessoas em um avião - inclusive o piloto - passando mal ao mesmo tempo?
O preparo das refeições fica a cargo de empresas de fornecimento de comida chamadas catering. No Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, as principais companhias são atendidas por duas empresas internacionais de catering aéreo, a Gate Gourmet e a LSG Sky Chefs.

Um cardápio a cada três meses

O catering monitora desde o fornecimento dos ingredientes até a limpeza das bandejas. A refeição é mantida a temperaturas baixas, para evitar a multiplicação de bactérias, até a hora de ser servida.
O cardápio é renovado a cada um ou dois anos, quando especialistas das companhias aéreas se encontram com as equipes de catering no Brasil. Eles definem o visual dos pratos, o posicionamento dos talheres, o peso dos ingredientes. O cardápio é dividido em ciclos, de dois ou três meses. Assim, quem voa com freqüência corre menos risco de encontrar o mesmo menu da última viagem.
A classe executiva, em geral, conta com duas opções de entrada e três de prato quente, sempre incluindo carne vermelha e branca ou massa. Na econômica, a escolha se limita ao prato quente. Na primeira classe, claro, a variedade é maior. O comissário até monta os pratos na hora. A Air Canada introduziu esse tipo de serviço na executiva. Segundo a companhia, trata-se de um diferencial, já que as refeições vêm montadas do catering.
Até há pouco tempo, a Varig mantinha um programa em que chefs de renome, como Emmanuel Bassoleil, Carla Pernambuco e Cesar Santos, assinavam os pratos. O programa está suspenso, até que se resolva o processo de fusão com a TAM.
Na elaboração dos cardápios, também são lembrados os viajantes que seguem dieta. Para isso existem os pratos especiais, que precisam ser pedidos com 24 horas de antecedência. Podem ser comidas religiosas, vegetarianas, para diabéticos, para bebês. Também são oferecidas refeições sem glúten ou com baixo índice de fibras ou sódio. Em uma única companhia aérea pode haver mais de vinte opções de refeição, para qualquer classe de serviço. Tudo para satisfazer o passageiro e garantir seu retorno ao restaurante de bordo.


Air France





Não é só a comida. Os pratos também têm de aparecerNas entradas da classe executiva da Air France quase nunca falta o foie gras (foto), sempre trazido da França. Mas existe uma opção de entrada à base de frutos do mar. Há ainda três escolhas de prato quente. Tudo, é claro, acompanhado de vinhos de produtoras da França. Um detalhe no serviço da companhia, que reflete o gosto do povo francês, é que a louça é grande o suficiente para que o alimento não a esconda totalmente, compondo um visual agradável. Não falta uma seleção de queijos - franceses, obviamente - no final da refeição. Na seqüência vêm as sobremesas: tortas servidas em bandejas, cesta com frutas variadas e, dentro de uma caixa prateada, sorbets - de frutas, com biscoitos para acompanhar. Os comissários passam pelos corredores com essas iguarias e os passageiros se servem do que querem. Mesmo na classe econômica, a bandeja vem com frommage, e a garrafinha de vinho francês dá para duas taças.


United



Uma bandeja de frios para quem não quer perder tempoOferecer fartura ao passageiro é uma preocupação da United, que serve, na executiva, uma bandeja cheia. Tem entrada, salada, uma das duas opções de prato principal e sobremesa. No cardápio, a companhia procura unir o gosto dos passageiros americanos, que consomem muita carne, e o dos brasileiros. Estes preferem frango ou peixe, principalmente aqueles com toques locais, com guarnições mais pesadas, como o camarão empanado com coco e molho de caril à tailandesa, apresentado em um dos cardápios. Mas, se um pragmático passageiro desejar comer algo rápido para poder dormir mais ou trabalhar a bordo da aeronave, ele pode pedir uma bandeja de frios, em que todas as porções vêm juntas. Exemplo: um prato com salmão defumado, peito de frango e presunto de Parma, além de salada e mousse de chocolate com calda de framboesa (foto). Para quem escolher o serviço normal, o comissário de bordo oferece, no final da refeição, uma bandeja com queijos internacionais, como gruyère e brie, com biscoitos.


Swiss



Viande des Grisons, a carne-seca dos AlpesAssim que embarca, o passageiro da classe executiva da Swiss recebe, em lugar de amendoins, um pratinho de tira-gosto, como pimentões em três cores, queijo e azeitonas, acompanhados de champanhe ou suco. Na hora da refeição, ele terá pratos inspirados em alguma região da Suíça. A Swiss dividiu o cardápio de um ano em quatro ciclos, ou temporadas, para apresentar o melhor da culinária de quatro regiões e culturas suíças, com a participação de mestres-cucas de cada área. Um exemplo é a entrada de terrine de legumes, com treze camadas e uma espécie de carne-seca chamada viande des Grisons, ou similar, quando o vôo sai daqui (foto), que fez parte do menu de inverno e apresentava a culinária de Grisons, com pratos criados por chefs daquela região dos Alpes suíços. Em agosto, o passageiro verá refeições inspiradas no Cantão de Thurgau, homenageado pelo aniversário de 200 anos. Os pratos foram concebidos pelo chef August Minikus, do Hotel Römerhof, em Arbon. Na executiva, são oferecidas duas entradas, salada e quatro opções de prato quente.


JAL





Uma refeição para cada estação. Do JapãoSeguindo o apreço que os japoneses têm pela natureza, a JAL troca a cor dos guardanapos, do forro e das fronhas da classe executiva de três em três meses, acompanhando a mudança da estação do ano - no Japão. No verão (que corresponde ao nosso inverno), a empresa recorre a tons de azul e verde mais fortes. Na executiva, você pode se servir de uma refeição ocidental ou japonesa (foto). Na econômica, geralmente há uma pequena porção de toque japonês. Não fique com medo do sashimi ou do sushi. Para evitar qualquer risco, o peixe cru é marinado ou passa por uma imersão em água quente que o conserva por mais tempo e ainda diminui o cheiro. No caso da refeição japonesa, a bandeja vem com todas as porções de uma vez, com um detalhe hi-tech. Ela tem uma chapa para o prato quente, que, quando ligada, só aquece aquele ponto. Para beber, sempre há saquê.


Lufthansa




Chefs alemães, mas com tempero brasileiroAs refeições da Lufthansa têm sempre duas opções de entrada, uma salada, três pratos quentes, uma sobremesa e queijos. Na primeira classe e na executiva, o menu é assinado por chefs alemães, convidados pela companhia aérea. Mas, nos vôos que saem daqui para a Alemanha, sempre há pelo menos um prato com influência da culinária brasileira -como o xinxim de galinha, que é servido na classe econômica. Em todas as classes, os comissários de bordo oferecem nosso típico pão de queijo. Outros pratos que você vai encontrar em um vôo do Brasil para Frankfurt, na executiva, são filé mignon com crosta de pão e ervas e torteloni de mussarela com alho-poró e escarola (foto). Para acompanhar, bebidas de diferentes origens, como o champanhe Duval Leroy Freur, da França, e os tintos Château Tour Prignac 2000 (francês) e Vesco Nero d'Avola Cabernet Sauvignon 1999 (italiano).

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