Votação

Boa tarde pessoal,

Está rolando uma votação no blog com sorteio. Para participar é necessário responder a enquete: Qual o tipo de culinária que você tem interesse em ler no blog?

Respostas: Cozinha Italiana, Cozinha Francesa, Cozinha Mediterrânea, Cozinha Asiática.

Depois, seguir o blog por email na aba Follow By Email e preencher o Formulário de Contato com seu Nome, Email e telefone no campo Mensagem.

Essas abas e votação encontram-se na lateral da página do blog.

Serão sorteadas 5 pessoas e a votação vai até o dia 19/05/2017.

A divulgação dos sorteados será no dia 20/05/2017.


Prêmio: 01 kit 4 em 1 da marca Keita, contendo:


  • Cortador de Legumes,
  • Boleador,
  • Fatiador,
  • Protetor para as mãos.


sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Famoso chef Heston Blumenthal estreia série em canal a cabo


Chef Heston Blumenthal comanda nova série de gastronomia exibida pelo canal a cabo GNT

O canal a cabo GNT transmite a partir de hoje 27 de fevereiro, às 21h30, o primeiro episódio de sua nova série de gastronomia estrelada pelo chef inglês Heston Blumenthal.

O novo programa, batizado de "À Procura da Perfeição", vai passar por diversas regiões do mundo em busca de ingredientes e receitas raras para produzir o prato ideal. Durante a série, Blumenthal realiza pesquisas e experimentos para chegar à receita perfeita.

Um dos pratos pesquisados pelo chef é o chiken tikka massala, uma iguaria muito apreciada pelos ingleses adeptos da comida indiana. O chef vai em busca da origem do prato na Índia e aprende o melhor método de preparo da receira. Na volta à Inglaterra, ele reproduz tudo o que aprendeu.

Heston Blumenthal ganhou fama no comando do restaurante The Fat Duck, na Inglaterra --um dos mais prestigiados e premiados do cenário gastronômico. Em 2004, a casa recebeu três estrelas no guia "Michelin", e em 2008 foi eleito pela revista inglesa "Restaurant" o melhor restaurante do mundo. A nova série tem oito episódios.

Pela porta da cozinha

Negros fundaram a base da culinária tipicamente brasileira


Mingau, pamonha, canjica, mocotós, vatapá, caruru, acaçá. O que tudo isso tem em comum, além do fato de serem comidas tipicamente brasileiras? Todas nasceram em mãos negras, na cozinhas da casas grandes. São pratos fáceis de comer, que dosaram a força e o exotismo dos temperos africanos para gostos portugueses. São misturas que resumem nossa pluralidade cultural ao condensar ingredientes e técnicas africanas, indígenas e européias.

Durante três séculos, toda a comida da sociedade brasileira – majoritariamente agrária – passou por mãos negras. Escravos (mulheres e homens menos aptos ao trabalho no campo) comandavam as cozinhas coloniais, inventando pratos, adicionando novos temperos e adaptando ingredientes indígenas e africanos ao paladar do “nhonhô” português.

Casa grande: palco da criatividade gastronômica negra

Como disse Gilberto Freyre, “a negra fez com a comida o mesmo que fez com a língua”. Se em gargantas negras, Marias Antônias viraram Tontons e Marias Josés viraram Zezés, nas mesas da Casa Grande a comida ficou mais fácil, mais maleável. “A negra foi um intermediador muito forte das rupturas na cozinha da colônia”, conta a coordenadora do Núcleo de Estudos Freyrianos da Fundação Gilberto Freyre, Fátima Quintas. Por exemplo, foi ela que fez a ponte entre a mandioca nativa e o paladar português, acostumado ao pão de trigo. Para aliviar o sacrifício gastronômico do lusitano, criou-se o beiju de tapioca, entre outras mimeses do pão europeu.

Ainda hoje, a forte comida de origem africana pede adaptações para sobreviver ao gosto de novos consumidores. Luisa Inês Saliba, dona do restaurante Rota do Acarajé, em São Paulo, conta que pessoas do mundo inteiro vêm atrás da iguaria. “A gente adapta [o acarajé] a um paladar mais suave, principalmente no dendê e no tempero com coentro, que são coisas que chegam a assustar os visitantes na Bahia”. Muito por causa desta necessidade de mudar, Luisa é uma criadora de pratos inveterada. “Quando se trata de culinária, sou uma workaholic. Mesclo todas as influências, como de tudo, bebo de tudo, sou ‘pesquisadeira’. Mas um ou outro ingrediente [tipicamente baiano] sempre rege a criação”. Exatamente como faziam as negras das cozinhas coloniais – adaptavam a todos os gostos, mantendo a África como fio condutor.

Nos séculos de escravidão, a cozinha era o espaço de uma convivência mais harmoniosa dentro da estrutura profundamente opressora do regime vigente. “Por uma necessidade de ter com quem conversar, as mulheres [brancas] da casa iam para a cozinha”, conta Fátima. Essa pseudo-liberdade do negro fora do campo, aliada aos momentos de ócio que o trabalho de casa propiciava, foi responsável pelo surgimento de pratos complexos. “As horas vagas e a quantidade de pessoas para servir permitiram que os doces, principalmente, demorassem uma tarde inteira, por exemplo, para ser feitos”. Este cenário, aliado à monocultura da cana, propiciou uma doçaria complicada, que inclui manjares, bolos e tortas.

Doces elaborados demandam tempo e dedicação


“A negra fazia uma cozinha de muitas horas, de muito trabalho, de arte”, diz Fátima. O esmero foi tanto que passou dos sabores para as aparências: dos pratos às toalhas de mesa. E, principalmente, nos tabuleiros – este modelo tão africano de vender comida. Na Bahia de hoje, por exemplo, as rendas são tão presentes quanto os cheiros de coentro e azeite de dendê. Os enfeites, tanto quanto a comida, são feitos com esmero e cuidado, custe o tempo que custar. Como observa Luisa Inês, “há que se respeitar a culinária, [fazê-la] com todo o carinho com que deve ser feita". Isso significa que o prato começa a ser feito no momento em que o cliente pede. "É tudo mais fresquinho", completa a chef.

Tamanho cuidado é preconceituosamente confundido com preguiça. Mas a verdade é que não há espaço para pressa na cozinha de origem afro. Fast food não bate com os tantos elementos místicos e sagrados que os negros associam à comida. No candomblé, por exemplo, até os santos comem. “A religiosidade do negro [que nutria muito menos pudores sexuais do que o cristianismo] com a sexualidade do português cunharam uma coisa muito interessante: doces com nomes sensuais”, aponta Fátima Quintas. “A casa grande era altamente sexualizada, com um cristianismo muito prosaico, lírico”. A comida era mais um estímulo sensorial, quase sensual. Por isso, doces criados na casa grande têm nomes eróticos como baba-de-moça, suspiro, sonho, teta-de-nega...

A mão que mexeu o caldo da formação culinária (e, conseqüentemente, cultural) brasileira foi negra. Por mais que as mestiçagens acontecessem por todos os lados – como é praxe no Brasil –, no final, foram os negros que meteram a mão na massa. Por isso, tudo o que o brasileiro típico come hoje, desde o arroz com feijão mais básico até a mais elaborada paella, tem um resquício das mentes criativas da senzala, que uniram o paladar europeu às tradições indígenas e africanas. Formou-se uma gastronomia leve e densa, simples e sofisticada, forte e sutil. Um paradoxo de sabores e influências, tão diverso quanto o Brasil.

SERVIÇO

  • Fátima Quintas
    Fátima Quintas é formada em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Pernambuco. Pós-graduada em Antropologia Cultural pelo Instituto de Ciências Sociais e Política Ultramarina, de Lisboa. Pós-graduada em Museologia pelo Museu das Janelas Verdes, de Lisboa. É mestre em Antropologia Cultural pela Universidade Federal de Pernambuco e coordenadora do Núcleo de Estudos Freyrianos da Fundação Gilberto Freyre. Autora dos livros "Sexo e Marginalidade" e "Sexo à moda patriarcal", entre outros.
    Rua Martim Francisco 529
    Fone: (11) 3668-6222

Restaurant Week

Começa 2a feira (02/03) e segue até o dia 15 de março o São Paulo Restaurant Week. Para essa edição mais de 100 casas aceitaram o desafio de preparar cardápios diferenciados com entrada, prato e sobremesa a um preço fixo: Almoço por R$ 25,00 + R$1,00 e Jantar por R$39,00 + R$1,00. Esse um real é a doação para a Fundação Ação Criança. Fique atento se seu restaurante escolhido participa da promoção do almoço ou do jantar. Algumas casas participam do evento nos dois horários.
Restaurant Week vai ganhar edições em outras cidades brasileiras.

No restaurante Dolce Villa, de cozinha italiana contemporânea. A chef Lindinha Sayon preparou apenas para o jantar. Menu: R$39,00 + R$1,00

Entrada : Salada verde com cogumelos e lascas de queijo

Prato principal: Capellini ao “alio, olio, peperoncino” e rúcula ou “Polpettone” com mozzarella servido com batatas aceboladas, assadas com ervas frescas.

Sobremesa: “Gâteau” ao chocolate e coco ou Fruta da Estação.

A chef Andrea Kaufmann criou combinações para o almoço (R$25 + R$1) e jantar (R$39 + R$1) no seu restaurante de comida judaica contemporânea, AK Delicatessen.

São três sugestões de entrada: carpaccio fatuche de rosbife, ceviche de peixe fresco com creme de beringelas e vinagrete de romã e salada verde, acompanhada pela bureka do dia. Entre os pratos principais: tagine de frango com vegetais e couscous marroquino e spaguetti ao perfume de limão, abobrinhas marinadas, coalhada seca e hortelã (foto). E finalizando a refeição: a torta de maçã com chantily ou a sobremesa “surpresa” do dia.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Agendinha gourmetAgendinha gourmet

Festival de teishoku
O Nakasa Sushi (Rua da Consolação, 3147, Jardins - Tel. 0/xx/11/3064-0970) vai oferecer um festival de teishoku durante o São Paulo Restaurant Week, que acontece de 2 a 15 de março na cidade. O menu completo custará R$ 25 no almoço e R$ 39, no jantar. Ivo Abrahão, restaurateur do Nakasa, criou combinações diferentes para cada dia da semana, que podem incluir tempurá de legumes, sushi e sashimi, anchova grelhada, frango com gengibre ou salmão com shimeji. Todos os teishokus trazem como opção de sobremesa Abacaxi com calda de mel e gengibre.


Invasão feminina
Janaína Rueda, chef do Bar da Dona Onça invade o La Tomate Bistronomique (Rua Professor Tamandaré de Toledo 25, Itaim Bibi - Tel. 0/xx/11/3071-1312) do seu marido Jefferson Rueda no almoço do Dia Internacional da Mulher, 8 de março, um domingo. No cardápio, Parmeggiana Aperitivo (R$28 - foto), Pescado do dia à Belle Meuniere com arroz e amêndoas (R$ 39) e Creme de papaia com cassis (R$14), entre outros. Ainda neste dia, a chef oferece uma taça de espumante a todas as mulheres que almoçarem no bistrô.


Domingo baiano
Ainda em clima de Carnaval na Bahia, o chef Carlos Ribeiro prepara nesse domingo, 1º de março, um almoço com os ingredientes que trouxe de Salvador no Na Cozinha (Rua Haddock Lobo, 955, Jardins - Tel. 0/xx/11/3063-5377). O Almoço baiano é composto por trio de caldinhos (sururu, mocotó e feijão), Mini-acarajé e abará com vatapá e camarão seco, Pudim de siri, Bobó de camarão com arroz branco e farofa de dendê. De sobremesa, Manjar de coco sobre abacaxi e Mousse de limão com calda de caipirinha. O menu completo custa R$ 69,90 (+ 10% serviço) e inclui uma Caipirinha de maracujá com gengibre de cortesia. Horário: das 12h às 16h. Aceita reservas.

Saquê e comida brasileira
Ainda nos dias 2 e 3 de março o Na Cozinha fará dois jantares de harmonização de saquês com pratos brasileiros. Durante o jantar, uma descontraída conversa sobre a bebida com o especialista Alexandre Tatsuya, da Adega de Sakê e uma aula prática de etiqueta japonesa com a professora Lumi Toyoda. Clique aqui para mais informações.

Escrito por Marcelo Katsuki às 11h15

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Em plena madrugada

Fome durante a madrugada pode ser um problema. Confira lugares em que você pode resolvê-lo


A Vila Madalena ganhou mais uma opção para os amantes da gastronomia, o San Sebastian. A diferença do novo restaurante para os demais da região é que ele funciona 24 horas por dia, servindo como opção principalmente para quem sai do Zhi, casa noturna anexa ao San Sebastian.

Rua 24 horas em Curitiba será fechada para reforma
Apesar de os paulistanos gabarem-se de cidade que não dorme, a capital é carente de estabelecimentos deste tipo que funcionem até altas horas. E é exatamente no público que sente a falta de serviços gastronômicos 24 horas que o San Sebastian foca suas ações. Curitiba, capital paranaense, tem uma Rua 24 horas, em que os estabelecimentos permanecem abertos o tempo todo. No entanto, o local vai ser fechado para reformas no fim deste mês.

Uma boa alternativa para quem tem fome bem no meio da madrugada é recorrer a algumas padarias que não fecham nunca, como a Bella Paulista, na Rua Hadock Lobo, e a Galeria dos Pães, no Jardins. Apesar de serem conhecidas como padarias, essas casas oferecem diversos serviços a seus freqüentadores, como sopas, pizzas e até alguns pratos mais refinados, como o escalope de filé mignon ao molho de mostarda, servido na Bella Paulista.

Mesas vazias na Galeria dos Pães. Durante a madrugada a cena é bem diferente

Para quem não dispensa um bom lanche, uma opção é o Chico Hambúrguer, na Avenida Ibirapuera. A poucos minutos da Vila Olímpia, a lanchonete serve sanduíches com vários recheios: hambúrguer, filé mignon, calabresa, frango e picanha estão entre os mais pedidos pelos clientes da casa que aos fins-de-semana funciona até às 6h. Durante a semana, a lanchonete fica aberta até às 4h.

Em Moema, uma boa opção para os horários não ortodoxos é o Vila Conte. O restaurante é vizinho a um flat, que acaba sendo responsável pela maioria da clientela da casa. O chef Carlão Soares comanda a cozinha, mas apenas durante o dia. Na madrugada, sua equipe é que fica responsável por preparar os pratos com influência italiana e espanhola do cardápio.

Vantagem de restaurantes 24 horas: risoto profumo di mare a qualquer hora da madrugada, no Vila Conte

SERVIÇO

  • San Sebastian
    Rua Inácio Pereira da Rocha, 520
    Fone: (11) 3032-7128

    Bella Paulista

    Rua Hadock Lobo, 354
    Fone: (11) 3214-3347

    Galeria dos Pães
    Rua Estados Unidos, 1645
    Fone: (11) 3064-5900

    Chico Hambúrguer
    Avenida Ibirapuera, 1753
    Fone: (11) 5051-3764

    Vila Conte
    Rua Macuco, 595
    Fone: (11) 5054-0166

Trufas Brancas no Chakras

Restaurante promove terceira edição do Festival de Tartufo Bianco


O restaurante Chakras realiza, entre 28 de novembro e 07 de dezembro, a terceira edição de seu Festival de Tartufo Bianco, que tem como principal estrela as trufas brancas trazidas da região de Alba, na Itália.

Dentro do festival, o chef Nilson de Castro prepara apenas três pratos: o Pato Assado ao molho de trufas brancas e crocante de batata, a Costeleta de vitelo com molho cremoso e cuscuz de trufas brancas e o Papardelle com azeitonas pretas na nata de gemas e trufas brancas.

Pato Assado ao molho de trufas brancas e crocante de batata

O cardápio do festival está disponível apenas durante os fins de semana, no almoço e jantar.


SERVIÇO



TUDO PICADO EM UM APERTO SÓ - UTYL CUTTER

Após muitos e muitos clientes pedirem, acaba de chegar a Doural o picador Utyl Cutter, um fenômeno de vendas e praticidade.

Chega de trabalho para picar legumes, batatas ou cebolas. Nada mais será difícil de você fazer, seja sua salada ou acompanhamento de pratos.

O produto já é bem conhecido do público gourmand, e agora está disponível para todos com um preço bem acessível. O modo de usar é bem simples: basta colocar o que se vai picar no suporte e apertar e todo o conteúdo passa para um pote na parte de cima do aparelho já picado e pronto para ser guardado ou usado.

O Utyl Cutter, vem com 2 tipos de lâminas e dois tipos de potes, além de acompanhar um pealer para descascar legumes. Você pode utilizar o pote para fazer maionese com os vegetais que acabaram de ser cortados sem ter de usar outro recipiente.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

São Paulo Restaurant Week 2009

Evento desafia mais de 100 restaurantes de São Paulo a servir menus elaborados por um preço único


Preparem o estômago e o paladar: vem aí o São Paulo Restaurant Week 2009. O evento está programado para acontecer entre os dias 2 e 15 de março, na capital paulista, e é conhecido como a versão nacional de uma importante “maratona da gastronomia”.


Papilote de truta com manteiga noisete, alcaparras, amendoas e legumes, do cardápio do restaurante Lola Bistrot para a semana

Inspirada no Restaurant Week de Nova York, São Paulo se junta a 100 grandes cidades do mundo, incluindo Washington, Boston, Londres e Amsterdã nessa corrida gourmet.

Durante a semana do evento, os restaurantes participantes terão o desafio de apresentar cardápios diferenciados com entrada, prato principal e sobremesa a um preço único, igual em todos os estabelecimentos: serão R$ 25 no almoço e R$ 39 no jantar.

O objetivo da semana gastronômica é atrair novos clientes nesta época, considerada baixa temporada nos restaurantes de São Paulo, além de movimentar o turismo gastronômico da cidade.


Sobrecoxa confit com molho de laranja e batata provençal, ainda do cardápio do Lola Bistrot


Mas o intuito do evento não gira somente em torno da comida. O SPRW tem uma parceria oficial com a Fundação Ação Criança e, em cada edição, destina R$ 1 acrescido à conta (somente cobrado se o freguês consentir) para a entidade. O dinheiro arrecadado se destinará a ajudar crianças carentes em nível de subnutrição com idades entre 0 e 7 anos. Doações de valores maiores também são aceitas.

Perola! mergulhe nas ostras

Você sabia...

As ostras de Cananéia, de região de mangue, são mais doces do que as de Santa Catarina, que vêm do mar

A melhor forma de ver se uma ostra está estragada é pelo cheiro de amoníaco. Mas a contaminação não é perceptível, por isso recomenda-se verificar a procedência e se contém o selo do SIF (Serviço de Inspeção Federal)

Ostras com conchas abertas não sinalizam deterioração. As ostras costumam fechar e abrir quando vivas - a movimentação ocorre quando há um sinal "de ataque"

Santa Catarina, o maior produtor do País, chega a fornecer 36 milhões de ostras por ano

Para congelar as ostras, veja se estão frescas, retire-as da casca e passe-as por água fervente rapidamente.

Depois de um choque térmico (coloque em água gelada), embale-as e congele-as (dura até 20 dias no congelador). Elas podem ser usadas em molhos à base de frutos do mar

A renomada autora norteamericana M. F. K. Fisher dedicou uma obra inteira à ostra, Consider the oyster (editora Paperback), na qual fala de sua paixão e admiração pelo "molusco que leva uma terrível mas excitante vida"

Ostras acompanhadas de molhos de maracujá e tamarindo

Ame ou odeie. Com sua concha disforme e textura molenga, é impossível ser indiferente às ostras.

Mas sua rica combinação de sabores entre o salgado, o doce e o amargo e seu frescor absoluto só são descobertos por aqueles que vencem a barreira de provar a primeira ostra (nem que seja de olhos fechados) e não torcem o nariz para o seu formato e sua textura pouco convidativa.

Um caminho para vencer esta resistência são as maneiras alternativas de saborear o molusco, como as apresentadas em um festival realizado recentemente no restaurante paulistano Al Mare.

A primeira delas é retirar a membrana que envolve a ostra e só saborear o seu "coração", que é bem mais adocicado e macio na boca. A sugestão é de Alberto Allende, sócio da Agromar, empresa distribuidora de ostras de Cananéia(SP) e Florianópolis (SC), as duas maiores regiões de criadores de molusco no Brasil, e surgiu da pura observação. Durante uma viagem à Espanha, seu país natal, Allende viu uma senhora retirar a membrana que envolve o molusco e jogá-la ao mar. "Os peixes demoraram muito para comê-la. Foi então que percebi que tinha algo de errado nela", lembra. Ele fez o teste em casa e percebeu que esta parte é a mais fibrosa e amarga do molusco. "Assim como o boi, que tem carnes mais nobres do que outras, por que não fazer o mesmo com a ostra?", sugere.

As ostras grandes, as preferidas dos consumidores, não são necessariamente sinônimo de qualidade. A idade delas fala muito mais do que o tamanho, segundo Allende. "As mais jovens carregam mais frescor e intensidade de sabor", justifica. Para defender sua idéia, bolou uma nova classificação para as ostras, que antes só se dividiam pelo tamanho. Chama de gemini aquelas que atingem entre dois e três centímetros em dois meses de vida. A coral é aquela que chega aos sete centímetros em até seis meses de cativeiro nas fazendas marinhas e a safira é a que chega aos 12 centímetros em no máximo 14 meses. "Há ostras que demoram muito para atingir determinado tamanho. Então é melhor comê-la antes, com seu frescor no auge", explica.

Além disso, as ostras maiores são mais caras, não necessariamente pelo seu sabor, mas pelo peso, que encarece o seu transporte das fazendas marinhas ao consumidor. A água também contribui para a apreciação do sabor do molusco. Tadeu Masano, dono do restaurante paulistano Amadeus, especializado em frutos do mar, explica que cada molusco chega a filtrar 18 litros de água por hora. "O mar funciona como um terroir para as ostras: as mesmas espécies podem ter sabores diferentes de acordo com o local de cultivo", compara. Para Masano, que tem uma fazenda marinha no litoral de Santa Catarina para abastecer o seu restaurante, a água é até mais relevante do que a idade. No mar, as ostras estão sujeitas a uma contaminação silenciosa. "A procedência é a melhor referência que o consumidor pode ter", resume.

A teoria acima foi testada em um menu degustação, criado pelos chefs Allan Vila Espejo e Carlão Soares, no Al Mare. Nas receitas, ostras coral e gemini e preparos com e sem membrana. Para limpar o paladar, água e morangos. Quando a membrana pura é provada, nota-se o amargor no paladar e a diferença é clara quando as ostras com e sem membranas são degustadas na seqüência